terça-feira, 29 de setembro de 2009

"Não se estressa, não vale a pena."

Por Pietra Luah Reis

Aos 17 anos, assim como mujitos adolescentes, Ricardo Abreu – Canos RS – não sabia para o que prestar vestibular. Todos diziam para ele escolher algo que gostasse, que o fizesse feliz. Ricardo não teve dúvidas ao escolher, não ingressar na faculdade, mas sim fazer o curso de Culinária Industrial no SENAC. “A cozinha me faz muito bem , cozinhar desestressa”diz o garoto, hoje com 19 anos.
No último ano trabalhou no Chez Philliphe, famoso restaurante Fracês em Porto Alegre, foi tempo suficiente para Ricardo perceber que trabalhar na cozinah ia somente estragar o que ele sentia com a culinária. “Lá no Chez não existe erro, meu chefe brigava muito, e para mim cozinhar é uma forma de desligar. Comecei a entrar em uma rotina e não é isso que quero pra mim”. Vida sem rotina é o mesmo motivo que o trouxe à Unisinos para estudar Jornalismo.
 Entre o termino no curso do SENAC e o Chez Phellipe, Ricardo morou seis meses na Europa.Este período foi dividido em três partes, nos dois primeiros meses viveu com sua mãe na Itália, onde trabalhou em um Pub na Isola Delba e juntou dinheiro para conhecer outroslugares.
O próximo bimestre foi marcado por culturas, educações, e conceitos diferentes. Ricardo diz que entre Itália, Espanha e Portugal viu coisas lindas, como a ‘Fontana di Trevi’, que é o que o fará voltar para a Itália sempre que puder, mas também sofreu um bocado “eu não passei fome, mas só isso, porque frio eu passei. E dormi em cada lugar, na Espanha, uns albergues muito “tresh” (péssimos), seis caras em um quarto minúsculo, gente que tu nunca viu e nunca mais vai ver dormindo contigo”. Também o que dificultou a viajem de Ricardo foi a falha na comunicação, falando somente português, foi muito bem recebido em Portugal, mas em toda a aventura sofreu alguns preconceitos e acabou conhecendo somente brasileiros que também estavam viajando.  Quando suas economias acabaram voltou para Itália, onde estava sua mãe. Algum tempo de pois retornaram ao Brasil. Sobre toda a experiência Ricardo declara “Valeu a pena e eu faria tudo de novo”. A próxima ele gostaria que fosse para o Oriente, onde acredita que seja ‘um baú de cultura’.

Nenhum comentário:

Postar um comentário